O senador Marcio Bittar (PL) utilizou a tribuna do Senado Federal para defender a redução de penas aplicadas aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 e voltou a cobrar a votação de uma anistia ampla, geral e irrestrita. O discurso foi gravado em vídeo e publicado nas redes sociais do parlamentar.
Segundo Bittar, a aprovação da redução das penas não representa a anistia defendida por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas, na avaliação do senador, seria um passo importante para amenizar o sofrimento das famílias dos presos.
“Ainda não é a anistia, mas foi um passo importante para diminuir o sofrimento das famílias”, afirmou.
Defesa de Bolsonaro
Durante o pronunciamento, o senador também fez uma defesa enfática do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que ele estaria sendo alvo de perseguição política. No discurso, Bittar comparou a trajetória de Bolsonaro com a de outros políticos condenados por corrupção.
“Estamos falando aqui também do presidente Bolsonaro, que não está preso por corrupção. Está preso por quem enfrentou o sistema”, declarou.
O parlamentar afirmou ainda que Bolsonaro teria passado 28 anos na Câmara dos Deputados sem envolvimento em escândalos de corrupção e que, segundo ele, o ex-presidente estaria sendo “caçado” politicamente.
Críticas ao sistema político
No discurso, Marcio Bittar também criticou decisões do Judiciário e mencionou pedidos médicos feitos por Bolsonaro, que, segundo ele, não teriam sido autorizados.
“Vamos negar que esse homem está sendo caçado, inclusive que pediu de novo para uma cirurgia de emergência que até agora não foi concedida?”, questionou o senador.
Para o parlamentar, a votação do relatório que reduz penas representa apenas um “degrau” na tentativa de avançar com a pauta da anistia no Congresso Nacional.
Bittar afirmou que continuará atuando para que o tema da anistia volte à pauta do Senado no próximo ano.
“Nós votaremos com o relatório do senador Espiridião Amin, que pelo menos é um degrau que nós alcançamos para nos animarmos mais ainda para, no ano que vem, continuarmos a luta para pautar a anistia no Brasil”, concluiu.



