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Home Coluna da Casa Antirracismo em Pauta
  • Ó Abre alas que a gente vai passar: carnaval como espaço de manifestações antirracistas

    Agazeta.Net por Agazeta.Net
    19 de março de 2025
    em Antirracismo em Pauta
    Ó Abre alas que a gente vai passar: carnaval como espaço de manifestações antirracistas

    Imagem: Meta AI

    O carnaval surge em meados do século 11, durante a chamada Baixa Idade Média. Neste período ocorriam os festivais pagãos chamados de “Saturnálias Romanas” e as “Dionisíacas Gregas”, regados de muitas comidas, bebidas e festividades aos deuses greco-romanos. Esses festivais precederam o carnaval como conhecemos hoje. Além disso, essa grande festa ganhou força no continente Europeu sob a influência da Igreja Católica Romana, que estabeleceu o carnaval como um período de excessos para abrir portas para o período de Quaresma, momento de jejum e penitência cristã aos adeptos da religião.

    A partir das invasões europeias aos territórios por eles colonizados, o carnaval se espalhou pelo mundo. Neste contexto, durante o século 17, a festividade chega ao que hoje conhecemos como Brasil, por meio dos “Entrudos” portugueses, que nada mais eram que celebrações populares que contavam com jogos de água, farinha, lama e limão, que muitas vezes assumiam forma agressiva e violenta. No decorrer do tempo, o carnaval passou a ser fortemente influenciado pelos atores políticos que aqui viviam: indígenas, africanos e afro-brasileiros.

    Após a abolição inacabada da escravidão, em 1888, por exemplo, as pessoas negras ex-escravizadas, transformaram o samba na alma do carnaval. Já nas década de 1920, momento de profundas mudanças sociais e políticas que o Brasil passava, explodiram os  blocos e escolas de samba, que tinham o objetivo vivo e pulsante de manter as culturas e traços de identidade negra vivos, por meio das letras dos sambas-enredo e das performatividades de seus autores. Assim, o carnaval passou a ser um espaço para expressão da estética e cultura africana e afro-brasileira, além de trazer elementos rítmicos e musicais dos povos indígenas.

    Mais a frente, nas décadas de 1930 e 1940, durante a Era Vargas, houve uma tentativa de construção de uma identidade nacional, ou seja, se buscava algo que unificasse todos os brasileiros. Nesse pensamento, o presidente Getúlio Vargas (1930 – 1945; 1951 – 1954) se utilizou do carnaval como elemento unificador. Até mesmo Carmen Miranda se tornou figura central nesse projeto de nação.

    O fato é que o carnaval sempre ocupou importante posição nos cenários culturais brasileiros. Tanto é que manifestações carnavalescas foram reconhecidas como patrimônio imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), tais como o Frevo, Maracatu Nação, Maracatu de Baque Solto, Matrizes do Samba e Samba de Roda do Recôncavo Baiano.¹ Além da movimentação do IPHAN, estados como o de São Paulo também reconhecem o carnaval como patrimônio imaterial, tamanha sua importância no bojo das manifestações culturais.

    Neste ano (2025), imperiosa na Marquês de Sapucaí, a escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, campeã do carnaval do Rio de Janeiro, teve seu enredo “Laíla de Todos os Sambas”, homenageando Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, cujo apelido é Laíla desde a infância. O samba-enredo chama atenção pela letra, que ao homenagear Laíla, filho de Xangô e Iansã, traz a espiritualidade ao palco, com fortes e positivos elementos dos Orixás das religiões de matriz africana e afro-brasileira.

    Xangô, Orixá da Justiça, pela escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, 2025 – Fonte: João Sales 8, Folha do Leste, 2025

    Já em São Paulo, a escola de Mocidade Unida da Mooca teve como samba-enredo uma linda homenagem a Aílton Krenak, importante autor, filósofo indigena e ativista dos Direitos Humanos. A homenagem foi com a composição “Krenak – O Presente Ancestral”, que tratou de narrar a trajetória do ativista, enaltecendo os povos indígenas, trazendo afirmações como “O Brasil é Terra indígena”, através de alas e carro alegórico que traziam estandartes com os livros do autor, engrandecendo a representatividade indígena na literatura brasileira, ao propiciar tamanha visibilidade.

    Carro Alegórico da Escola de Samba Paulista Mocidade Unida da Mooca, homenageando o primeiro indígena Imortal da Academia Brasileira de Letras, Ailton Krenak, 2025 – Fonte: Carnavalesco, Fábio Martins, 2025

     O carnaval brasileiro, apesar de sua origem europeia, foi subvertido e transfigurado, por meio das trocas e negociações culturais. Essa grande festa se tornou um espaço de resistência antirracista, trazendo grandes visibilidades às culturas, espiritualidades, estéticas e saberes da população negra e indígena, valorizando as diversas manifestações de populações que há muito foram subalternizadas.

    Apesar de também ter o poder de perpetuar estereótipos raciais e étnicos, que rebaixam as populações negras e indígenas às condições de seres folclóricos e ridicularizados, por meio da prática de algumas pessoas que se fantasiam de “índio”, com penas e cocares coloridos e infatilizados, ou então que promovem o blackface, prática de se “fantasiar de personagem negro”, com a pintura da pele com tinta preta e uso de perucas, maquiagens e roupas extremamente caricatas, é importante salientar que esta festividade desvela denúncias ao racismo, sexismo e exclusão social, podendo ser usado como espaço da luta antirracista, conforme apresentado acima, ao trazer representatividade aos sambódromos que alcançam abrangências nacionais, por meio da televisão brasileira, arrebatando os olhares e atenção, seja pelas cores e belezas das escolas de samba, seja pelas letras potentes dos sambas-enredos.

    O carnaval é negro! É indígena!


    [1] Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Carnaval brasileiro é caracterizado por bens culturais protegidos pelo Iphan. IPHAN, 03 fev. 2016. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/noticias/detalhes/3469/carnaval-brasileiro-e-caracterizado-por-bens-culturais-protegidos-pelo-iphan. Acesso em 13 mar. 2025

    Geovanna Moraes de Almeida – licenciada e aluna de Bacharelado em História pela Universidade Federal do Acre (Ufac). Pesquisadora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas da Universidade Federal do Acre (Neabi/Ufac), sendo também tutora do Programa de Extensão Educação Antirracista, vinculado a este núcleo. Mestranda pelo Programa de Pós-graduação em Letras: Linguagem e Identidade da Universidade Federal do Acre (PPGLI/Ufac).  Discente do Curso de Aperfeiçoamento em Educação das Relações Étnico-raciais e do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Educação das Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Africana, Afro-Brasileira e Indígena da Ufac.

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