Para os alunos, estúdio dizia que não seria cobrado nada
Já imaginou pagar R$240 por três fotos? É isso mesmo. O caso ocorreu em algumas escolas de Rio Branco. Uma delas foi a João Aguiar, no conjunto Manoel Julião.
As fotografias foram tiradas por um estúdio de São Paulo. A diretora foi quem atendeu a equipe que apresentou a seguinte versão.
“Eles pediram para conversar com os alunos nas salas, iriam entregar um documento para autorização dos pais e só tirava a foto aquele que o pai permitisse”, explicou Adelina Martins.
Já com os alunos, a história foi outra. “Eles chegaram dizendo que precisava pagar nada. Eu nem me lembrava mais da foto e aí quando eles chegaram a minha casa disseram que custava duzentos reais”, conta o estudante Wiliam Silva.
As fotos foram feitas no ano passado e só agora estão sendo entregues. De casa em casa, a equipe procura os pais, pega algumas informações, como por exemplo, o número do CPF, e só depois entrega este carnê de pagamento.
“A gente não tem condições de pagar. Fomos lesados e eles descobriram nosso endereço, não sei se a escola tem uma certa culpa nisso”, expôs o autônomo João Batista.
Sem alternativa, muitos pais se viram obrigados a ficar com as fotografias. Se não bastasse o preço abusivo, a qualidade do material deixa a desejar.
“O rosto do meu filho ficou manchado e com pingos de sujeira. Isso não está certo, pagar duzentos e quarenta em uma foto desse jeito”, enfatizou a autônoma Maria Antônia.
Outra mãe, Maria José, não sabe o que fazer. Ela vai desembolsar nada mais, nada menos que R$ 625 pelas fotos dos três filhos. “Isso é um golpe e dos grandes”, desabafou.
Em caso de não pagamento, quem adquiriu o produto mesmo sem saber pode ficar o nome restrito no Sistema de Proteção ao Crédito, SPC. Os pais pretendem buscar ajuda do Ministério Público para solucionar o impasse.