A morte da servidora do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), Juliana Chahar, de 32 anos, no dia 21 de junho, é alvo de investigação por parte da Polícia Civil. Juliana foi atropelada após uma briga que começou dentro de uma boate e continuou na rua, envolvendo um grupo de advogados e outros homens. O advogado Keldheky Maia da Silva, que acompanhava Juliana, teria ido até o carro, de onde pegou uma arma e realizou disparos durante o confronto.
Em meio à confusão, um dos envolvidos, identificado como Diego Luiz Góes Passo, dirigiu uma caminhonete que atingiu Keldheky e Juliana. Ela morreu no local. O motorista foi formalmente responsabilizado, mas está foragido.
A Polícia Civil apurou que Keldheky Maia já havia se envolvido em outros episódios de violência. Em 2010, aos 19 anos, foi detido com uma faca durante uma briga. Na ocasião, o processo foi encerrado após um acordo judicial com pagamento de R$ 180. Em 2012, ele voltou a ser citado em um caso semelhante, mas o processo foi arquivado após a vítima desistir da denúncia.
Dois advogados que estavam no grupo de Keldheky e ocupavam cargos na diretoria da OAB Acre renunciaram às funções após o episódio. Imagens mostram que eles também participaram da briga.
A Polícia Civil avalia a conduta de todos os envolvidos e investiga se as ações de Keldheky Maia contribuíram para o desfecho do caso. Os delegados responsáveis não concederam entrevista até o momento. A defesa do advogado informou que só irá se manifestar após o avanço das investigações.
A localização do motorista da caminhonete, ainda foragido, também segue como ponto pendente no andamento do caso.