O acusado de ter cometido a agressão contra a vereadora Eliane Abreu (PP), é o parlamentar Gilvan Souza (PCdoB)
O presidente estadual do PCdoB, Eduardo Farias, afirma que uma das bandeiras do partido é a luta contra qualquer tipo de violência, e, em especial, a mulher. Dessa forma, o vereador Gilvan Souza (PCdoB), acusado pela vereadora Eliane Abreu (PP), de ter a agredido verbalmente em uma sessão da Câmara Municipal do Bujari, terá o inquérito da Polícia Civil acompanhado pelo partido.
Além disso, serão ouvidos outros vereadores e servidores da Câmara Municipal que estavam no dia da suposta agressão. Eles vão apontar se houve ou não as agressões.
“Primeiro quero dizer que o PCdoB não concorda de forma nenhuma com esse tipo de postura, caso a versão que está sendo colocada seja verdadeira. Então, nós de imediato instalamos uma comissão interna em que estamos apurando os fatos. Ontem nós ouvimos o vereador no seu direito de colocar sua opinião. Ele coloca uma versão contrária. Vamos aguardar o resultado”, diz Farias.
A vereadora do Bujari, Eliane Abreu, não esconde a revolta e afirma que a verdade será revelada, e que segundo ela, a agressão ocorreu sim. Além disso, a parlamentar também informa que não irá desistir mesmo com as medidas que o vereador Gilvan Souza buscar.
“Eu quero dizer para esse cidadão Gilvan, que eu não vou recuar. Você pode entrar com as medidas que quiser. A verdade prevalece, e a verdade é: você é um agressor, me agrediu”, afirma a vereadora.
Ela procurou uma Delegacia de Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrências contra o vereador. A parlamentar disse que durante uma sessão extraordinária na Câmara Municipal, na última sexta-feira, 27, sofreu diversas agressões verbais e houve até tentativa de agressão física por parte dele. Segundo relato de Eliane Abreu, Gilvan Souza não a agrediu porque os outros vereadores fizeram uma intervenção.
“Eu realmente agradeço a intervenção do Jairo, que é um vereador que esteve comigo desde o início. Eles estavam na retaguarda, quando ele disse que iria partir para cima de mim, o Jairo interviu e ficou no meio para apaziguar”, acrescenta a parlamentar.
Na delegacia, a vereadora pediu uma medida protetiva e quer na Justiça o afastamento do vereador. Abreu tem medo de ficar frente a frente com o parlamentar que já tinha lhe agredido verbalmente em outra ocasião.
“Eu realmente não tenho mais condições de participar de reuniões com esse cidadão. Não tenho condições psicológicas, física, emocional de continuar as sessões com a mesma pessoa”, finaliza.
A equipe de reportagem da TV Gazeta não conseguiu o contanto do vereador que está sendo acusado de agressão verbal. Mas, o partido em que ele é filiado, irá se manifestar por meio de uma nota a impressa. O partido disse ter instaurado um procedimento de investigação que vai apurar todo o caso. Dependendo do resultado, o vereador pode ser expulso do partido.