Liminar mandando Lusa de volta à Serie A provocou imbróglio
A estreia da Portuguesa no Brasileiro da Série B foi interrompida ontem, aos 16 minutos do primeiro tempo, em Joinville, Santa Catarina. O jogo contra o Joinville foi paralisado depois que o delegado da partida, Laudir Zermiani, levou ao conhecimento do árbitro a liminar que havia reconduzido a Lusa à Série A, na última quinta.
O time da Portuguesa desceu rapidamente ao vestiário assim que houve o comunicado. Depois de alguns minutos, Zermiani foi ao vestiário da Lusa dizendo ter falado com o presidente da CBF, José Maria Marin, que teria ordenado a volta do time para o gramado. Mas o time decidiu não retornar. Por volta de 30 minutos do primeiro tempo, o juiz encerrou o jogo, dando a vitória ao time do Joinville.
A decisão de entrar em campo, contrária à liminar, foi tomada pelo presidente da Portuguesa, Ilídio Lico, e resultou no pedido de demissão de Orlando Cordeiro, vice-presidente jurídico do clube, que se opôs à medida.
“A decisão (de jogar) foi do presidente e não concordo com ela. Mas o regime é presidencialista e está decidido”, disse Cordeiro ao jornal “Folha de S.Paulo”. “Nada disso precisaria ter acontecido. Eu avisei o presidente de que isso poderia acontecer”, acrescentou. “A CBF sabia da liminar, que é de domínio público, e não a cassou. Descumpri-la é ser contrário à Justiça”, finalizou Orlando.
Imbróglio
A Portuguesa foi rebaixada à Série B após ser punida com a perda de quatro pontos pela escalação irregular do meia Héverton. Suspenso, o jogador entrou em campo em jogo contra o Grêmio, no Canindé, pela última rodada da Série A 2013.
Anteontem, a juíza Adaisa Bernardi Isaac Halpern, do Foro Regional da Penha, acatou a ação movida por um torcedor e determinou, por meio de liminar, a volta da Lusa à Primeira Divisão do Brasileiro.