Decisão foi confirmada durante coletiva na Aleac
Após o domingo de reuniões para decidirem os últimos detalhes para formar o “blocão” com oito partidos que defendem a unidade da oposição, PSDB e PMDB deixaram claro nesta segunda-feira (4), em entrevista coletiva na Assembleia Legislativa, que o fator a determinar quem estará na cabeça de chapa será o resultado de pesquisa de intençáo de voto a ser realizada em março do próximo ano.
Disputam esta posição o deputado federal Márcio Bittar (PSDB) e o prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB). O encontro desta segunda ocorreu após o mal-estar provocado pela declaração de Tião Bocalom (DEM) de não ter sido convidado por Gladson Cameli (PP) para a reunião de ontem.
Tanto Gladson quanto seus assessores confirmaram que o dirigente do Democratas e pré-candidato ao governo recebeu, sim, o convite. Mesmo com estas situações, os membros do “blocão” evitaram partir para o confronto com Bocalom e o grupo do senador Sérgio Petecão (PSD).
“Nossos adversários não são Bocalom nem Petecão, nosso adversário é o governo do PT. Continuaremos a manter o diálogo em busca da unidade e do consenso”, diz Gladson Cameli, pré-candidato ao Senado.
O tom mais duro partiu de Vagner Sales, afirmando ser a unidade um anseio dos eleitores na rua, e que um eventual fracasso nas urnas em 2014 será atribuído a quem está atuando para dividir o grupo.
“Aqui neste bloco que se formou hoje está a representatividade das oposições. Qualquer político que não esteja aqui dentro, com este pensamento [da unidade], eu espero que depois não possa ser debitado a ele um resultado negativo”, diz o prefeito de Cruzeiro do Sul.
Márcio Bittar afirmou não haver problemas em abrir mão da candidatura ao governo caso Vagner Sales se apresente melhor nas pesquisas, estando disposto até a ser vice. O tucano criticou o atual modelo de desenvolvimento econômico do governo, que, em suas palavras, estagnou a iniciativa privada e deixou a economia na inércia.
“O nosso desafio é aprofundar o conhecimento sobre a realidade econômica e social do Acre para apresentar um projeto consistente capaz de nos tirar da estagnação, e ao mesmo tempo devolver um Estado que pregue e pratique a democracia”, afirma Bittar.
Sobre os demais pré-candidatos da oposição, o deputado disse esperar a reciporcidade de Bocalom e Petecão por já os ter apoiado em outras eleições. “Na política é natural haver a reciprocidade.”
Segundo o presidente do PMDB, deputado Flaviano Melo, o “blocão” não estará fechado a nenhum dos demais partidos de oposição que decidirem defender a candidatura única ao governo e ao Senado. “Não há mais razão para irmos contra aquilo que as pessoas estão pedindo de Assis Brasil e Marechal Thaumaturgo, que é a nossa unidade”, diz o peemedebista.