A Polícia Civil do Acre (PCAC) informou nesta quarta-feira (29) que ainda não há confirmação sobre o suposto envolvimento de sete acreanos ligados a facções criminosas na Operação Contenção, realizada pelas forças de segurança do Rio de Janeiro. A ação, considerada uma das mais letais da história do estado, deixou 119 mortos, entre eles 115 civis e quatro policiais, segundo o balanço oficial divulgado pelas autoridades fluminenses.
A operação foi deflagrada na última terça-feira (28) e mobilizou 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar para cumprir 180 mandados de busca e apreensão e 100 de prisão, sendo 30 expedidos pelo estado do Pará, que atuou em parceria com o Rio de Janeiro. O objetivo, segundo a Secretaria de Segurança Pública, era conter o avanço do Comando Vermelho e enfraquecer as lideranças do crime organizado.
Diante das informações divulgadas pela imprensa local sobre a prisão de sete supostos criminosos do Acre, o delegado Henrique Maciel negou que a Polícia Civil do estado tenha repassado qualquer dado confirmando essa ligação. Segue nota na íntegra da Policial Civil divulgada a imprensa:
A Polícia Civil do Estado do Acre (PCAC) informa que, em virtude de notícias veiculadas pela imprensa local sobre a prisão de sete criminosos nesta quarta-feira, 29, durante uma megaoperação realizada no estado do Rio de Janeiro em combate ao crime organizado, ainda não é possível confirmar se essas prisões possuem ligação com indivíduos que atuam no Acre.
Devido à alta complexidade da ação policial e à necessidade de análise minuciosa das informações, a PCAC segue acompanhando o caso por meio de seu serviço de inteligência, que atua de forma integrada com as forças de segurança de outros estados e com órgãos federais.
A Polícia Civil do Acre reafirma seu compromisso com o enfrentamento ao crime organizado e a cooperação interinstitucional para identificar, localizar e capturar pessoas envolvidas em atividades criminosas, garantindo a segurança e a tranquilidade da população acreana.
A operação no Rio de Janeiro
Batizada de Operação Contenção, a ação é considerada a maior operação policial dos últimos 15 anos no Rio de Janeiro. Segundo o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, o foco foi desarticular bases do Comando Vermelho no Complexo da Penha, zona norte da capital.
Durante coletiva de imprensa, Curi afirmou que as mortes ocorreram em confronto armado e que a polícia reagiu a ataques de criminosos.
“A polícia não entra atirando, entra recebendo tiro. A operação estava planejada. O resultado quem escolheu não foi a polícia, foram eles”, declarou o secretário, ao negar que a ação tenha sido uma chacina.
De acordo com as autoridades, foram apreendidos 118 armamentos, incluindo 91 fuzis, além de toneladas de drogas. A ação foi criticada por organizações de direitos humanos e especialistas em segurança pública, que classificaram o episódio como “massacre”.
Com informações da Agência Brasil (EBC)



