Em entrevista ao programa Gazeta Entrevista nesta segunda-feira (28), o presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, Raimundo Neném, discutiu a necessidade urgente de um concurso público para suprir a falta de servidores na casa legislativa e antecipou sua visão sobre a eleição da nova Mesa Diretora, prevista para fevereiro de 2025.
Sobre o concurso público, Raimundo Neném enfatizou a falta de recursos como principal empecilho: “Nós estamos precisando desse concurso pra ontem. Precisamos de recursos para contratar a banca e viabilizar o concurso. Esse é um sonho meu e dos servidores para que desafogue a carga de trabalho”, afirmou o presidente. Segundo ele, o novo prédio da Câmara requer uma equipe maior para que a estrutura funcione plenamente. “Como é que você vai atender com aquele prédio grande sem funcionário suficiente?”, questionou.
Neném também deixou claro que o concurso será responsabilidade exclusiva da Câmara e não contará com parcerias da prefeitura. “É algo interno, será um processo realizado por empresas especializadas, contratadas diretamente por nós”, explicou ele.
Sobre a eleição da Mesa Diretora
Com a eleição para a Mesa Diretora da Câmara marcada para fevereiro, Neném expressou confiança e adotou uma postura de cautela em relação à corrida pelo cargo, dizendo que ainda não iniciou a busca ativa de votos entre os vereadores. “A eleição da Mesa se decide nos últimos dois ou três dias. É um momento em que o governo, a prefeitura e os vereadores se unem”, declarou, enfatizando que não está preocupado com o pleito neste momento.
Perguntado sobre a possibilidade de um consenso entre os blocos de vereadores, Neném foi direto ao afirmar que o prefeito Tião Bocalom tem manifestado interesse em atuar de forma mais ativa nas negociações: “O prefeito disse que não vai deixar mais essa questão correr solta. Isso é um ponto positivo para ele, já que, se Bocalom for candidato a governador, vai precisar de um presidente da Câmara que esteja alinhado com ele”, ponderou.
Apesar de os grupos de vereadores estarem se organizando em blocos, Neném acredita que o consenso poderá ser alcançado: “Todos têm interesse, mas com o passar do tempo o cenário vai se ajeitando. Temos que aguardar”, concluiu.