A presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) realizou na manhã desta terça-feira, 07, coletiva de imprensa a fim de esclarecer as acusações dos posseiros da invasão Porto Luiz, localizada às margens da BR-364, KM 100, no município de Acrelândia.
De acordo com as famílias, a líder sindical teria coagido os posseiros a não comparecem a audiência publica que deveria ter sido realizada nesta segunda-feira, na Aleac, para tratar sobre o assunto.
Rosana Nascimento negou todas as acusações. “As acusações são infundadas. A CUT em nenhum momento intimidou, ameaçou ou coagiu qualquer posseiro. A CUT é uma mediadora de conflitos de terra e resolução de problemas, jamais teríamos essa postura”. Disse.
A presidente da CUT afirmou ainda que a Central auxiliou, inclusive, os posseiros no processo de ocupação das terras e que tem cópia de documentos e Atas em que os próprios posseiros do Porto Luiz construíram com base nos critérios da legislação agrária.
“Temos Atas e documentos em que comprovam que a CUT auxiliou na organização da área de ocupação, documentos construídos pelas próprias famílias com base e nos critérios na regulamentação e legislação da reforma agrária. Nós não vamos nos acovardar, vamos continuar defendendo que terras improdutivas e da União sejam destinadas a reforma agrária, nós somos mediadores para buscar soluções para esses problemas, nós não vamos abandonar a pauta da reforma agrária e nem tão pouco abrir mão daquela área que é da União que deve ser para reforma agrária e para fazer assentamento, o papel da CUT é organizar os trabalhadores, é defender os trabalhadores, e isso a CUT faz”, afirmou.
A sindicalista finalizou dizendo que não existe nenhum interesse da CUT em ameaçar as famílias que se encontram acampadas na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). “O que existe é um grande interesse político em cima dessa causa. Estando em um ano eleitoral, muitos tentarão tirar proveito dessa situação”.