Os desembargadores da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre revogaram, na quinta-feira (18), a prisão preventiva do advogado Keldheky Maia da Silva, acusado de efetuar disparos em via pública pouco antes do atropelamento que resultou na morte da assessora do Tribunal de Justiça, Juliana Chaar, em agosto deste ano, em frente a uma casa noturna em Rio Branco.
A decisão condiciona a liberdade do advogado ao uso de tornozeleira eletrônica e ao recolhimento noturno. Segundo o tribunal, a suspensão preventiva das atividades profissionais de Keldheky também foi determinada até a conclusão do processo, devido à gravidade do caso, que envolve porte ilegal de arma e vínculo com um homicídio.
A defesa do advogado argumentou que não havia elementos suficientes para justificar a prisão preventiva, o que motivou o pedido de revogação.
O episódio começou com uma briga dentro do estabelecimento e se estendeu para a rua, segundo a Polícia Civil. Testemunhas relataram três momentos distintos: a discussão inicial, os disparos de arma de fogo e, por fim, o atropelamento que vitimou Juliana Chaar, que morreu horas depois no hospital.
Em julho, o condutor da caminhonete envolvida no atropelamento foi preso, e as investigações seguiram para apurar a responsabilidade pelos disparos. Laudos periciais e análises balísticas confirmaram que a arma utilizada pertencia ao advogado e que os projéteis encontrados no local correspondiam ao armamento apreendido.
O caso segue sob investigação, enquanto o Tribunal de Justiça do Acre acompanha os desdobramentos do processo que envolve o advogado e os demais envolvidos na tragédia.



