O articulador
Uma construção política realizada por Gladson Cameli (PP) colocará os principais pré-candidatos da oposição em um bloco para se consolidar a candidatura única para 2014. Interessado na união por questão de sobrevivência (pois ele disputará o Senado), Gladson já obteve o apoio para criar o “blocão” dos pré-candidatos Márcio Bittar (PSDB) e Vagner Sales (PMDB), os dois principais partidos capazes de definir o tabuleiro.
Cautela
Os únicos que ainda não simpatizaram com a proposta é Tião Bocalom (DEM) e Sérgio Petecão (PSD). A resistência do senador é menor, pois caso sua candidatura não se viabilize Petecão já declarou não haver problema em ceder.
Tropeço
A única pedra no caminho da unidade, então, passa a ser Bocalom, que não tira da cabeça a ideia de subir as escadarias do Palácio Rio Branco em 2015. Mas ao se ver sozinho nesta empreitada, é pouco provável que ele se arrisque num voo cego (Assim pensam os mais otimistas).
O que pesa
O fator a definir o palanque unificado oposicionista é a pesquisa de intenção de voto a ser feita no primeiro trimestre do próximo ano. Quem estiver mais competitivo para enfrentar Tião Viana (PT) será o nome de consenso, com todos os partidos ao seu redor.
Em cartório
Desde a semana passada Gladson está em peregrinação constante nos diretórios regionais para obter o apoio dos presidentes para formar o “blocã” e não deixar de cumprir os acordos feitos, não levando ao fiasco que foi o conselho político, enfraquecido com a revoada de legendas.
Conversas
Vagner Sales (PMDB) tem dito a seus auxiliares que não será empecilho para a unidade do grupo. O prefeito de Cruzeiro do Sul diz que trabalha para se viabilizar, mas não transformará a oposição numa verdadeira súcia só para atrapalhar outras candidaturas ou satisfação pessoal.
Marcação
Muitos peemedebistas veem a candidatura de Vagner como marcação de território. Ele vinha se sentindo desprestigiado nos debates internos do partido, e decidiu impor sua influência como o prefeito do segundo maior colégio para definir uma posição de honra na chapa majoritária.
Reação
São altas as chances dos governistas Moisés Diniz (PCdoB) e Luiz Tchê (PDT) assinarem (novamente) a PEC que pede da pensão de ex-governador. Gilberto Diniz (PTdoB) voltou a coletar os apoios, tendo até agora os cinco apoios de deputados da oposição.
Reação 2
O apoio de Moisés seria uma reação por ter ficado de fora dos holofotes da redução do ICMS da conta de luz, sendo ele o autor da “bolsa ar-condicionado”, além do momento delicado vivido entre PCdoB e o PT. Já Tchê vai assinar por defender que “deputado tem que ter posição”.
Atestado
O líder do PT, Geraldo Pereira, provou ontem por A mais B que é o pai da proposta de redução do ICMS na tarifa de energia, tirando de Moisés qualquer possibilidade de queixas por receber os louros da medida. O petista mostrou indicação apresentada em maio deste ano pedindo ao governo o fim do tributo na tarifa, além de itens da cesta básica e material escolar.
Returno
São altas as chances do Sinteac passar por uma nova eleição. O processo impetrado pelos cinco candidatos derrotados na eleição de agosto continua a tramitar na Justiça. A juíza Thais Khalil é quem conduz o caso. Os advogados de Rosana Nascimento atuam no sentido de tirar o processo da 2º Câmara Cível e levá-lo para a Justiça do Trabalho.
Problemas
Atendendo ao pedido da advogada dos vencidos, Valdete Souza, a magistrada determinou o envio (em cinco dias) de todo o material da votação e apuração, mas o Sinteac pediu prazo maior, mesmo assim deixando de remetê-los. A recusa, segundo Valdete, seria uma evidência clara de que houve fraude na eleição.
Assédios
Diante da perspectiva de uma sentença desfavorável, Sinteac e setores palacianos começam um ofensiva para evitar o pior. Uma das formas é assediar os candidatos para que desistam da ação, deixando Rosana Nascimento tranquila no cargo de presidente do maior sindicato do Acre.
Fronts
E os professores voltaram a ocupar a Aleac. Desta vez a manifestação é contra o PCCR a ser enviado pela Secretaria de Educação para ser votado e, lógico, aprovado. Eles são contra o artigo que amplia de três para sete anos a chamada “puladinha”.
Falhas
O Portal da Transparência da Aleac aos poucos vai saindo do papel após a ação civil pública impetrada pelo MP. Mas até o momento trata-se de uma piada de péssimo gosto. Os dados relacionados às despesas não são detalhados como manda a lei. O MP precisa ficar de olho e cobrar agilidade.
Enquadrar
Os deputados devem votar esta semana a convocação do secretário Lourival Marques (Agricultura) para dar explicações sobre o sumiço de milho aos cuidados do Estado. Diante do histórico de subserviência do Parlamento ao Executivo é pouco provável disso acontecer, mas há outro fator em questão: Lourival é concorrente dos 24 deputados em 2014.