A proposta orçamentária enviada pela Prefeitura de Rio Branco à Câmara Municipal para o exercício de 2026 prevê redução de R$ 2 milhões no orçamento da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, responsável por parte dos serviços mais essenciais para famílias vulneráveis da capital.
A pasta é encarregada de atender quem precisa de auxílio funeral, cesta de alimentos, aluguel social, além de administrar abrigos de imigrantes, centros de atendimento, programas sociais e políticas voltadas à população em situação de rua. Diante da importância dos serviços, a diminuição chamou a atenção de vereadores, que afirmam não compreender a decisão.
O vereador André Kamai (PT) criticou a redução e classificou a medida como incompatível com a realidade social de Rio Branco.
Segundo ele, os indicadores mostram aumento da vulnerabilidade justamente no momento em que a prefeitura propõe diminuir recursos.
“Os índices de pobreza em Rio Branco crescem. A população de rua cresce. A gente olha pessoas em áreas de risco, periferias abandonadas, e a prefeitura desfinanciando a política de assistência social. Isso não faz sentido. Não é coerente com a necessidade real que se apresenta para o povo de Rio Branco”, disse o parlamentar.
Kamai afirmou ainda que os vereadores devem se unir para tentar recompor o orçamento da Assistência Social, garantindo estrutura mínima para que os serviços continuem funcionando.
De acordo com o projeto orçamentário, a pasta teria R$ 45 milhões, enquanto o gabinete do vice-prefeito ficaria com R$ 50 milhões e o gabinete do prefeito receberia o dobro desse valor. A discrepância foi apontada pela oposição como um sinal de que políticas sociais não estão entre as prioridades da gestão.
Quadras sem manutenção e orçamento insuficiente para o esporte
Outro ponto levantado por vereadores da oposição é a situação da Secretaria Municipal de Esportes.
Segundo eles, mais de 120 quadras na capital necessitam de reformas urgentes, como a localizada no Conjunto Manoel Julião, citada durante a denúncia.
O orçamento previsto para a pasta é de R$ 1,8 milhão, valor considerado insuficiente até para custear a folha de pagamento, segundo parlamentares.
As quadras e ginásios da cidade, muitos deles deteriorados e oferecendo risco de acidentes, dependem de manutenção e de atividades esportivas que atendam crianças e adolescentes. Para os vereadores, a falta de investimento repercute diretamente na prevenção à violência.
A avaliação é de que tanto o setor social quanto o esportivo ficaram fora da lista de prioridades da administração municipal no orçamento apresentado para o próximo ano.
Com informações de Adailson Oliveira, para a TV Gazeta



