Partido lançou, nesta quinta, o nome de Bittar ao governo
No marketing político, a imagem quer dizer tudo, fazendo valer à risca a velha expressão do “a primeira impressão é a que fica”. Esta foi a proposta do PSDB na noite de quinta ao lançar a pré-candidatura de Márcio Bittar ao Palácio Rio Branco.
No auditório da Escola Armando Nogueira, o militante tucano, de outro partido ou um simpatizante teve a impressão da segurança e confiança necessárias para se entrar numa campanha –e principalmente de oposição.
Aliado a isso, um forte discurso de Bittar contra o PT e seu modelo de governar, mais o otimismo mostrado pelo pré-candidato numa perspectiva de vitória para 2014. Juntando todos estes ingredientes o PSDB deu o pontapé entre os partidos de oposição para se consolidar, mais uma vez, como o principal adversário do PT no Acre.
Segundo Bittar, muito mais do que um debate entre o azul e o vermelho na eleição do próximo ano, estará em questão “modelos de gestão e formas diferente de fazer política serão confrontados para o eleitor escolher o melhor”. “Estão concorrendo princípios e valores diferentes”, afirma.
A crítica mais dura do tucano veio na comparação entre os modelos de governar do PT com os regimes autoritários do século passado, incluindo aí o fascismo de Mussolini na Itália e o stalinismo na União Soviética.
“No campo da política o exercício do poder corrompeu personalidades e fez com que a verdadeira natureza do partido [PT] se mostrasse inteiramente: corrupção, autoritarismo, incompetência, são características marcantes do PT no poder, seja no governo federal ou estadual”, declarou o deputado.
O tucano criticou a implementação do socialismo no país, destruindo os princípios macroeconômicos colocados em prática no governo Fernando Henrique (1994-2002). Ele classificou o modelo esquerdista do PT de “socialismo tupiniquim”.
O pré-candidato ainda criticou as manobras realizadas pelos seus adversários no Congresso Nacional para retardar a volta do antigo fuso horário, como definido pela população em referendo de 2010.
“O referendo do horário não foi e não será respeitado pelos petistas porque eles entendem ser democrático apenas o que combina com suas vontades.” Márcio Bittar criticou a forte presença do Estado no setor produtivo acreano.
“O governo tutela a produção, controla os meios de produção, esmagando a livre iniciativa e autonomia das pessoas com uma pesada máquina burocrática, com um Estado de insegurança jurídica, instrumentalizando a política fiscal para controlar e empobrecer os produtores”, afirma.
Para o parlamentar, o governo petista usou a bandeira do ambientalismo “para perseguir e difamar adversários”. “A histeria ecológica representou na prática a queda da economia. A florestania representou apenas uma jogada de propaganda, agora abandonada pelo atual governo, que tenta investir na produção rural do campo.”
O tucano defendeu o fortalecimento da indústria e da agropecuária como melhor mecanismo para se gerar o progresso, mas com respeito às particularidades ambientais do Acre. Outro fator ressaltado foi a retirada do Estado como gerador de riqueza, mas deixar nas mãos da sociedade a livre iniciativa da produção”.