Rio Branco enfrenta uma situação crítica de saúde pública com o aumento expressivo de casos de doenças causadas por arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. A medida foi formalizada pelo prefeito Tião Bocalom, que assinou o Decreto nº 370, em 23 de janeiro de 2025, declarando emergência na saúde pública devido à crescente incidência dessas doenças.
Os números são alarmantes. De acordo com dados do Relatório Epidemiológico do Estado, até o final de 2024, Rio Branco registrou 6.346 casos prováveis de dengue, um aumento de 19,3% em comparação ao ano anterior.
Os casos de chikungunya também saltaram de 59 para 302, um crescimento de 411,9%, enquanto o zika vírus teve um aumento de 49,5% em relação ao ano anterior, totalizando 173 casos prováveis. Além disso, o índice de infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças, alcançou 10,3%, o que coloca a cidade em situação de alto risco para surtos.
O aumento no número de atendimentos relacionados às arboviroses tem pressionado as unidades de saúde, especialmente as de atenção primária, que enfrentam dificuldades com a superlotação e o acesso limitado. A situação é ainda mais crítica devido ao período chuvoso, que favorece a proliferação dos mosquitos.
O decreto assinado pelo prefeito determina ações emergenciais, incluindo a ampliação do horário de funcionamento das unidades de saúde, a contratação de profissionais temporários e a aquisição de insumos médicos necessários. Além disso, o município buscará apoio de entidades estaduais e federais para garantir a eficácia das medidas.