Movimentos sociais, sindicatos e entidades de classe voltam às ruas neste domingo (21), em diversas cidades do país, para protestar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia o foro privilegiado e cria novas barreiras para o andamento de processos criminais contra deputados e senadores. Em Rio Branco, a mobilização está marcada para às 16h30, no Lago do Amor, com apoio e participação da Associação de Docentes da Universidade Federal do Acre (ADufac).
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A PEC foi aprovada na Câmara dos Deputados na última terça-feira (16), em dois turnos de votação. O texto recebeu 353 votos favoráveis, 134 contrários e uma abstenção no primeiro turno; e 344 votos a favor e 133 contra no segundo. Agora, a proposta segue para o Senado Federal. Dos oito deputados federais acreanos, apenas Socorro Neri (PP) votou contra.
Nas redes sociais, a ADufac reforçou o chamado para a mobilização popular. “O Congresso está tentando se blindar e garantir impunidade. Mas isso não vai acontecer! Em Rio Branco, também vamos mostrar nossa força. Sua presença importa, sua voz importa. Participe, fortaleça e organize sua indignação!”, diz a publicação da entidade.
Para Caroline Lima, primeira vice-presidenta do Andes Sindicato Nacional, a mobilização nacional é uma resposta direta ao que chamou de ataque à democracia.
“A PEC da blindagem, a PEC da impunidade, é um ataque à democracia, é um ataque ao povo brasileiro, é um ataque à nossa Constituição. A nossa resposta tem que ser nas ruas. A PEC da blindagem tem que ser barrada imediatamente”, afirmou.
O presidente do Andes-SN, Claúdio Mendonça, também criticou a atuação do Congresso Nacional.
“É o mesmo Congresso que não aprova a redução da jornada de trabalho, que não taxa as grandes fortunas, que aprofunda o desmatamento e tenta aprovar uma anistia aos golpistas do 8 de janeiro. Agora, quer se blindar da Justiça. Por isso, precisamos mostrar que esse Congresso inimigo do povo não nos representa” declarou.
O ato em Rio Branco faz parte de uma série de manifestações organizadas em todo o país pelo Andes-SN e outras entidades, que prometem seguir pressionando contra a tramitação da proposta no Senado.
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