Salvamento
Quando se fala do uso da máquina pública em benefício próprio, há situações que não se tem plenamente como provar. Mas, na prática… deixam mil e uma sugestões. Por exemplo: a presidente Dilma Rousseff é uma das presidentes com pior avaliação da história da República. Não tem conseguido governar, sobretudo no segundo mandato. Vive uma crise política atrás da outra.
Salvamento II
De repente, a reação. E teve como foco os aposentados. Anunciou a liberação de recursos do INSS para aposentados e pensionistas. Eles já receberam cartas da Caixa e do Bando do Brasil informando que podem sacar suas cotas do Fundo PIS/Pasep. Há um bom dinheiro nesse fundo: R$ 34,7 bilhões. Esse dinheiro foi depositado pelos trabalhadores privados (PIS) e funcionários públicos (Pasep) até 4 de outubro de 1988.
Economia
O argumento oficial é econômico. Reaquecer a economia etc. etc. etc. Então, tá.
De boba…
Santa Catarina, de boba, não tem nada. Perguntou para o Supremo Tribunal Federal se, para calcular os juros da dívida pública, poderia usar juros simples ou compostos. O STF disse que poderia usar juros simples no cálculo. Resultado? Passaram o traço embaixo, somaram e a economia para aos Barrigas Verdes foi grande. Para desespero da União e do ministro da Fazenda.
Ganha, mas não leva
Os outros Estados, claro, copiaram a ideia. Dependendo da metodologia, o estado do Acre, por exemplo, pode passar de devedor a credor. É mole? Assim, do dia para a noite. Uma fonte da Secretaria de Fazenda, experiente, faz a seguinte ponderação: “Não considero boa a decisão. Ganharíamos e não levaríamos”, avalia.
Entrega
Essa mesma fonte diz o seguinte (o que dá uma dimensão da seriedade da decisão do STF): “Se isso passar mesmo, eu, no lugar da Dilma, entregaria o Governo”. A frase não tem nada de exagerada. Calcula-se que o rombo dos cofres da União chegaria a R$ 27 bilhões com a mudança no método do cálculo.
Pedido
Os ministros ainda não debateram o mérito da ação. E toda a atenção, que precisa entrar na pauta do plenário do STF. Nove ministros foram favoráveis à concessão de liminar à Santa Catarina. Só Fachin e Roberto Barroso votaram com o Governo Federal.
Placar
E o placar do impeachment, hein? Quem arrisca? O cangaço está feio, leitor!
Pior
E o pior não é atentar para a lógica do impeachment em si. O Brasil erra de foco ao centrar todas as atenções em tirar ou não tirar a presidente do poder. O mais dramático da situação é perceber é que, com ou sem Dilma, o cenário é o pior possível no que se refere, por exemplo, à Economia. A presidente está sangrando em praça pública desde que se reelegeu; não governa o país; e construiu um cenário que mandou às favas o equilíbrio fiscal.
Sugestões, críticas e informações quentinhasdaredacao@gmail.com