Semírames Dias está de volta à Secretaria de Estado de Fazenda. O anúncio da permanência foi feito via agência de notícias estatal neste domingo (8). A gestora representa, na equipe de Gladson Cameli, o conselheiro do Tribunal de Contas do Acre Antônio Malheiros. A visão ortodoxa sobre finanças públicas, defendida por Malheiros, não acompanha a agenda político-eleitoral de Gladson Cameli.
A questão não é se Semírames fica ou não. O que está em discussão é uma visão a respeito da gestão pública na área de maior influência sobre todas as outras no Governo do Acre. É a Sefaz quem dá o tom. E é isso o que tem incomodado Gladson Cameli. Mas, ao menos aparentemente, ele se esforçou na diplomacia na declaração oficial na agência do Estado.
“Quero agradecer, de coração, em nome de todas as pessoas do Acre e pelo nosso governo, pela decisão da secretária Semírames em permanecer na Secretaria de Fazenda. Isso reforça o compromisso com a solidez fiscal, com a seriedade das ações, com a busca de investimentos para gerar emprego e renda para a nossa gente”, disse o governador na Agência de Notícias do Acre.
Há demandas pautadas pelo setor privado que não dialoga com a visão ortodoxa de Malheiros e seus seguidores. Por exemplo: o Acre abrir mão de receita com a decisão relacionada à revisão do sublimite do Simples. Isso encontra resistência por parte da Sefaz.
Outro exemplo: “redução de multas de caráter continuado de atividades acessórias”. Isso a Sefaz não apoia. Os empresários (sobretudo os pequenos) pressionam para que a Sefaz reveja posição. O governador tende a apoiar o setor privado, mas não pode acenar para a indisciplina em relação às questões fiscais.
Assessores do Governo informaram que explicações mais detalhadas sobre a permanência de Semírames serão dadas pelo próprio governador após retorno de viagem à Alemanha, marcada para o dia 17.