“Descobri quando dei entrada no seguro-desemprego”, disse
Um fato inusitado mudou a vida do servente de pedreiro Francisco Dagoberto Souza, de 43 anos. Ele descobriu que está morto desde 1997.
Tudo veio à tona, há três meses, quando ele foi dar entrada no seguro-desemprego e o atendente informou que não seria possível, porque ele estava registrado como morto. “Fiquei assustado, porque faz muito tempo que estou nessa situação e só agora fiquei sabendo”, contou.
Pai de quatros filhos, Francisco conta que ele e a família saíram do município de Tarauacá há dez anos e vieram morar em Rio Branco, procurando por melhores condições de vida.
Segundo informações obtidas por ele, um morador de Tarauacá que morreu há dezessete anos teria o nome.
“Trabalhei um ano e seis meses numa fazenda, quando fui demitido tentei dar entrada no seguro e o cara me disse que eu tinha morrido em 97. Falei que deve ter sido outra pessoa porque eu tô vivo”, disse Francisco.
O servente de pedreiro procura ajuda para provar que houve uma troca no seu CPF com do falecido. Ele afirma ainda que está passando por necessidades porque não consegue emprego para sustentar sua família.
“Já perdi vários empregos. Por causa disso, aonde eu chego para trabalhar as pessoas pedem minha carteira de trabalho e quando vão ver meu CPF no sistema tá lá dizendo que estou morto. Não aguento mais, meus filhos estão passando fome”, desabafa.