Os detentos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, que fugiram da penitenciária federal de Mossoró (RN) em fevereiro, foram presos nesta quinta-feira (4) após o serviço de inteligência da Polícia Federal monitorar o paradeiro dos dois. Eles ficaram 50 dias desaparecidos desde que escaparam do presídio e foram encontrados em Marabá (PA).
Os fugitivos foram capturados a aproximadamente 1,5 mil quilômetros de distância do presídio. Uma viagem de carro entre as duas localidades dura em média 23 horas, seguindo pela BR-226 (que liga Natal, no Rio Grande do Norte, ao município de Wanderlândia, no Tocantins. Seguindo a pé, o trecho seria percorrido em 338 horas (24 dias).
A fuga foi a primeira desde a implementação do Sistema Penitenciário Federal no Brasil, em 2006. A busca pelos detentos envolveu pelo menos 600 agentes. Desde que escaparam da penitenciária, Rogério e Deibson tinham sido vistos em diversas ocasiões. Dois dias após a fuga, os homens teriam feito uma família de refém, na zona rural de Mossoró. Neste dia, a polícia também encontrou pegadas, calçados, roupas, lençóis e uma corda, além de uma camiseta do uniforme da penitenciária, em uma área de mata.
O governo federal gastou pelo menos cerca de R$ 2,5 milhões com a operação que buscou Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça. O valor foi obtido pelo R7 via Lei de Acesso à Informação.
De acordo com o Executivo, do dia da fuga até 27 de março, houve um gasto de R$ 2.491.911,78. Esse valor é referente a despesas da Força Nacional de Segurança Pública, da Polícia Federal, da Diretoria do Sistema Penitenciário Federal e da Coordenação-Geral de Operações Integradas e Combate ao Crime Organizado. O custo da operação, no entanto, pode ser ainda maior, pois não foi informado quanto a Polícia Rodoviária Federal gastou nas buscas.