Os servidores da saúde do Acre decidiram dar um ultimato ao governo do Estado e ameaçam entrar em greve geral caso o novo Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) não seja apresentado até o dia 18 de novembro. A decisão foi tomada em assembleia realizada nesta quarta-feira (30), em Rio Branco.
No mesmo dia, ficou definido que os trabalhadores farão uma paralisação de 24 horas em 18 de novembro, data que marca o último prazo dado à Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) para entregar o documento pronto e encaminhar à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
Segundo o sindicato da categoria, o governo havia se comprometido a apresentar o PCCR até 30 de setembro, mas o prazo expirou sem que o plano fosse encaminhado para análise dos deputados. A categoria cobra há dois anos a reformulação do projeto, que está parado desde o início do ano.
“No último prazo que o governo pediu foi 30 de setembro. A gente não aceitou, mas ficou por isso mesmo. Hoje é 30 de outubro e o plano não tem nada. No dia 28 a gente sentou com a equipe de governo novamente, e eles pediram novo prazo até 31 de dezembro. Só faltou dizer que era 30 de fevereiro, porque 31 de dezembro é brincar com o servidor público”, disse a presidente do Sindicato dos Profissionais Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e Enfermeiros do Estado do Acre (Spate).
No início do ano, a Sesacre chegou a elaborar uma planilha com os novos salários, mas o projeto precisou ser refeito. O motivo, segundo o sindicato, foi a diferença salarial entre os servidores administrativos e os profissionais da assistência direta, que recebiam valores muito inferiores. Após o impasse, o plano saiu da agenda de prioridades do governo.
Atualmente, mais de 3 mil trabalhadores aguardam a aprovação da nova tabela salarial. Muitos deles estão em processo de aposentadoria ou continuam trabalhando mesmo com problemas de saúde, sem poder se desligar por falta de atualização no plano de carreira.
Caso o governo não apresente o plano dentro do novo prazo, os trabalhadores prometem realizar uma nova assembleia durante a paralisação, quando podem decidir por uma greve geral por tempo indeterminado. Apenas os serviços de urgência e emergência seriam mantidos.
Com informações do repórter Adailson Oliveira para TV Gazeta e editada pelo site Agazeta.net



