Os servidores do IBGE, em negociação com o Governo desde do início do ano, se encontram insatisfeitos com a lentidão e propostas apresentadas pelo Ministério da Gestão e Inovação. Em última assembleia, promovida pelo núcleo do Sindicato local, aprovaram o estado de greve e se encaminham para deflagração de uma greve no dia 1º de julho.
Os trabalhadores do IBGE reivindicam melhores condições orçamentárias para que o IBGE possa realizar seu trabalho de excelência, por remunerações aos seus trabalhadores efetivos em patamar equivalente aos outros órgãos reconhecidos como essenciais ao planejamento do Estado, como o Banco Central e o Ipea, e salários dignos aos seus trabalhadores temporários.
O governo sempre que recebeu o sindicato, ouviu e se solidarizou com os problemas enfrentados , contudo, as palavras de apreço não têm convergido em medidas concretas. Em reunião de negociação no dia 28/05, véspera do aniversário de 88 anos do IBGE, o Ministério de Gestão e Inovação apresentou, em resposta aos pedidos protocolados, uma contraproposta que ignora toda uma discussão construída ao longo dos últimos 10 anos.
Mais que isso, após meses de espera desde a última mesa de negociação, a contraproposta do governo apresenta erros notórios, numa aparente adaptação inacabada, sobre a qual já foram pedidos esclarecimentos formais e se aguarda pela urgente resposta e retificação.
Não se pode mais adiar o efetivo reconhecimento do trabalho do IBGE, uma das instituições mais longevas da república e de indispensável papel na formulação do estado brasileiro, cabendo aos seus trabalhadores, efetivos ativos e aposentados, bem como os temporários, a valorização condizente.