Sete réus do processo do mensalão que não têm mais direito a recorrer da condenação podem ser presos ainda nesta segunda-feira (18). Tudo depende do entendimento do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim Barbosa, que já decretou a prisão de 12 condenados — 11 deles estão detidos em Brasília e aguardam decisão sobre os locais onde vão cumprir as penas.
O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato é o único que não se apresentou e está foragido na Itália.
Segundo a assessoria de imprensa do ministro Barbosa, ele está em Belém, no Pará, onde participa do VII Encontro Nacional do Judiciário no Pará, no início da noite desta segunda-feira.
Na última sexta-feira (15), o ministro decretou o fim do processo para 16 réus — 12 tiveram o mandado de prisão expedido. Entre os outros quatro que restaram, somente o delator do esquema, Roberto Jefferson, foi condenado à prisão — os outros três tiveram as penas convertidas em prestação de serviços.
A expectativa é que o ministro Barbosa decrete nesta segunda-feira (18) a prisão de Jefferson e determine o fim do processo para outros seis condenados. Caso isso aconteça, o ministro pode expedir também novos mandados de prisão.
Ex-sócio de Marcos Valério, Vinícius Samarane é o único desse grupo que deve cumprir prisão em regime fechado. Ele foi condenado a oito anos, nove meses e dez dias por lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta.
Os demais condenados devem cumprir pena em regime semiaberto. São eles: os deputados federais Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT), o delator do esquema e ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), o advogado Rogério Tolentino, o ex-deputado pelo PP Pedro Corrêa e o ex-deputado do PL (atual PR) Bispo Rodrigues.