Homicídio que chocou a comunidade no bairro João Eduardo, no dia 21 de setembro de 2024, em Rio Branco, tem uma reviravolta. A vítima foi Pedro Henrique Costa Dias, morto após uma violenta briga supostamente motivada pela cobrança de pensão alimentícia. Contudo, o que parecia um caso simples ganhou novos contornos com o avanço das investigações conduzidas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Inicialmente, populares e testemunhas relataram que Pedro Henrique teria sido agredido na cabeça com “capacetadas” após uma discussão com o padrasto, o que resultou em traumatismo craniano e a morte. Essa era a versão preliminar, mas a polícia prosseguiu com as investigações.
Após uma análise detalhada, o delegado Alcino Júnior, titular da DHPP, esclareceu que a arma do crime não foi um capacete, mas sim um pedaço de madeira. Além disso, uma surpreendente reviravolta aconteceu: o padrasto do autor verdadeiro assumiu inicialmente a responsabilidade pelo crime, tentando livrar o enteado, que fugiu para o Rio de Janeiro.
“Na prática, após a desavença, houve uma briga generalizada nas imediações. A investigação apurou que o golpe contundente foi desferido com um pedaço de madeira, causando o traumatismo craniano”, explicou o delegado.
Com o aprofundamento das investigações, ficou evidente que a confissão do padrasto não condizia com os fatos apurados. Diante disso, a polícia emitiu um mandado de prisão contra o verdadeiro autor, que foi detido ao desembarcar no aeroporto de Rio Branco, após retornar do Rio de Janeiro. A captura contou com o apoio da Polícia Federal.
“É importante que fique claro que, após a emissão do mandado, o pai biológico do autor tomou conhecimento e agilizou sua vinda para cá. A captura foi feita no aeroporto, com o apoio da Polícia Federal”, relatou o delegado.
Com o inquérito concluído e remetido à Justiça, os envolvidos agora aguardam as medidas judiciais cabíveis. “A confissão, por si só, não tem valor se não estiver em harmonia com as demais provas”, ressaltou o delegado Alcino Júnior.
O caso, embora complexo, está elucidado. Cabe agora à Justiça determinar a pena correspondente ao autor do crime.
Com informações do repórter Luan Rodrigo para TV Gazeta