Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD), do Instituto de Brasileiro de Geografia (IBGE), o Acre tem o maior índice de analfabetismo da região Norte do país. Ao todo são 57 mil pessoas com 15 anos ou mais sem alfabetização.
Em dados referentes a 2022, o Acre, com uma taxa de 8,5% de analfabetos, e o Pará, com 7,4%, são os únicos estados do Norte do Brasil que não alcançaram a meta do Plano Nacional de Educação de 6,5% para 2015. A média nacional ficou em 5,6%.
O trabalhador rural, João Costa da Silva, de 63 anos, contou que o trabalho no campo faz parte da sua vida desde a infância e o que pai o batia quando ele pegava em livros. Ele é analfabeto e os pais priorizavam o trabalho à educação.
“Eu queria estudar, mas meus pais não deixavam”, disse João Costa.
O IBGE registrou uma queda de 2,4% no número de acreanos que não sabiam ler e escrever em 2019. Há três anos, eram 68 mil, o que equivale a 10,9% da população com 15 anos ou superior.
Os idosos lideram o ranking de analfabetismo no Estado; 28,6% das pessoas com 60 anos ou mais não sabem ler, nem escrever. Quando observamos a cor, 85% são pretos ou pardos.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação informou que está nos planos para o segundo semestre de 2023 a retomada do Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos.
Com informações do repórter Marcio Souza para a TV Gazeta