Um momento de desespero que parecia não ter saída se transformou, meses depois, em emoção, alegria e profunda gratidão. Cerca de um ano após sobreviver a um afogamento, o pequeno Hendrick, que tinha apenas 3 anos na época do acidente, reencontrou a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) responsável por salvá-lo.
O caso marcou não apenas a família da criança, mas também os profissionais envolvidos no atendimento. O afogamento ocorreu no início da noite e, segundo os familiares, não foi possível precisar quanto tempo o menino ficou submerso. Quando a equipe chegou ao local, o quadro era considerado extremamente grave.
Apesar de Hendrick ter reagido às manobras de reanimação, as expectativas eram cautelosas. As chances de sequelas eram altas e o prognóstico inspirava preocupação. Ainda assim, o atendimento rápido e coordenado foi decisivo.
Um dos socorristas que participou da ocorrência relembra que o tempo de resposta foi fundamental. A ambulância de suporte avançado foi acionada imediatamente e, ainda durante o deslocamento, a equipe da base já orientava os familiares sobre as primeiras medidas de reanimação.
“Nosso tempo de resposta foi muito bom, em cerca de cinco minutos já estávamos no local. A partir daí foi uma corrida contra o tempo. A gente usa todo o conhecimento técnico, a experiência, mas também acredita que, em casos como esse, há algo maior. Nós fomos apenas instrumentos”, relatou o profissional.
Para quem atua no atendimento de urgência, situações envolvendo crianças costumam deixar marcas mais profundas. O motorista da ambulância destacou o impacto emocional desses atendimentos. “A gente se coloca no lugar da pessoa que está precisando. Quando é criança, mexe ainda mais, principalmente para quem tem filhos ou netos. A gente faz de tudo para chegar o mais rápido possível”, afirmou.

O reencontro com a equipe foi especialmente emocionante para a mãe de Hendrick, que reviveu o momento mais difícil de sua vida ao relembrar o episódio. Ela contou que, nos minutos que antecederam a chegada do socorro, acreditou que havia perdido o filho.
“Foi um dos piores dias da minha vida. Ver meu filho ali quase sem vida… foi horrível. Aqueles poucos minutos esperando o SAMU pareceram uma eternidade. No início, eu achei que tinha perdido ele, mas depois me agarrei na fé e pedi a Deus que salvasse meu filho”, disse, emocionada.
Hoje, saudável e cheio de energia, Hendrick representa não apenas uma história de sobrevivência, mas também o impacto direto do trabalho de profissionais que lidam diariamente com situações extremas. Para a equipe do Samu, o reencontro foi a confirmação de que cada segundo de esforço valeu a pena.
Com informações de Rose Lima, para a TV Gazeta.



