Depois de muitos, muitos anos, estou de volta à redação da TV Gazeta, onde trabalhei nos tempos idos do bom e velho jornal A Gazeta (antiga A Gazeta do Acre). Brincando e conversando com Gabriel (o anjo), Samuel (o profeta) e Pâmela, a chefe que atura minhas ausências daqui, enquanto assisto o perde e ganha do Brasil com a Argentina (larga o celular e borá jogar, meu povo), relembro memórias de um tempo que ficou para trás, mas deixou lembranças.
Sim, fui feliz aqui. Muito feliz. A redação era vibrante. Cheia de gente e de notícias (não sempre boas, porque boa notícia não faz jornal, sorry!), alegrias, tristezas e a história do Acre do recente.
Na conversa com Pâmela e Samuel, descubro que eles não conhecem o Carlão, nosso acreano medalha de ouro e capitão da seleção em Barcelona em 1992, jogo que, aliás, assisti aqui nessa mesma redação, no tempo em que Bebeto de Freitas era técnico e a gente vibrava pelas boas jogadas do próprio Carlão, Marcelo Negrão, Giovani, Maurício, Tande e Pampa, nem nosso técnico maravilha Renan Dal Zotto que vi jogar.
Lembro que tenho uma foto com o Carlão na entrada da TV e das matérias que fiz com ele e a família na casa do Gouveião, seu tio e velho amigo, uma vez que naquele tempo já fazia a cobertura do dia-a-dia da Assembleia Legislativa, o que me deu alguns privilégios na reportagem que só existe agora na minha memória e nos arquivos do jornal (os do Museu da Borracha saberá Jesus por onde anda).
No meio dessa salada toda, cujo objetivo era só aguardar a Robertha Moura (sim, ela atrasou hehehehehe), penso como o tempo passa rápido. E como deixei de ser a menina da notícia para a senhora que revive um tempo que não existe mais.
Olho ao lado as mesas vazias (galera tá na rua correndo atrás da notícia e isso não mudou) e relembro do burburinho e confusão do período em que este era meu lar (assim, passava mais tempo aqui do que em casa).
Bateu uma saudade boa. Não aquela de querer voltar ao passado. Uma saudade daquilo que faço de melhor: escrever.
É isso. Deixo-vos por aqui. Nesse momento o maestro Bruninho e o Lucarelli nos levaram pro tie break e, como a Robertha chegou, vou descer pra minha reunião Mara.
Bom dia, boa tarde, boa noite!
Partiu…
Que venha o novo tempo.
Carinhos meus,
Charlene