Furto de fios de cobre também é uma rotina no local, segundo funcionários
Em tese, o cemitério é um lugar de descanso daqueles que já deixaram esse plano. Mas a realidade não é bem assim, especialmente para os que trabalham no maior, mais tradicional e antigo cemitério de Rio Branco, o São João Batista. Isso porque, o vandalismo, praticado por algumas pessoas em situação de rua, têm deixado rastros.
No cemitério essas pessoas normalmente pulam o muro que é baixo e aí começa todo um transtorno, principalmente pras famílias, porque eles levam as placas, especificamente de bronze, que possui algum valor de mercado, além de destruir as sepulturas, eles fazem consumo de drogas e realizam as necessidades fisiológicas nos túmulos.
“Muitos familiares confundem as coisas, eles acham que é de responsabilidade do cemitério cuidar dos túmulos, e não é. Está bem caro na lei que é responsabilidade do familiar cuidar e zelar pelos túmulos de seu ente querido. O cemitério tem que fazer manutenção do espaço, não do túmulo”, afirma Marcos Souza, coordenador dos cemitérios de Rio Branco.
Dentro do cemitério São João Batista existe uma capela que é a preferida deles pra passar a noite, e os trabalhadores precisam realizar uma grande limpeza diariamente, mas, ainda assim, é possível ver carteiras de cigarro, bitucas e outros materiais descartados. Segundo os funcionários, quando alguém tenta impedi-los de fazer toda essas atividades no local eles ameaçam com faca.
Assim como na região do Centro, o furto de fios de cobre também é uma rotina no local, e de acordo com Souza, a situação não é de agora. “Peço que as autoridades policiais e a segurança pública façam o seu papel, porque se existe o ladrão, existe o comprador. Já ocorreu, por exemplo, a troca da fiação de energia duas vezes esse ano, isso depois que a gente assumiu, estávamos todos no escuro”, declara.
Informações do repórter Marcio Souza