Na última sessão ordinária do ano, realizada na madrugada desta sexta-feira (20), os vereadores de Rio Branco aprovaram um pacote de projetos apresentados pelo Poder Executivo Municipal. Entre as propostas, uma em especial gerou debates: o aumento do salário dos secretários municipais de R$15 mil para R$28,5 mil, quase o dobro do valor atual.
O projeto, que visa equiparar o salário dos secretários municipais ao de secretários estaduais, foi amplamente aprovado pela Casa, com apenas um voto contrário da vereadora Elzinha Mendonça (Progressistas). Segundo ela, o reajuste não reflete as reais necessidades da população e deveria ser reavaliado.
Em defesa da medida, o vereador Antônio Morais (Progressistas) argumentou que a valorização salarial é necessária para atrair profissionais qualificados e garantir eficiência na gestão pública. “O secretário ficou na média agora de R$28.500. Equipamos um pouco ao secretário de Estado, que ganha na faixa de 30 mil reais. É nada mais justo, porque é uma pasta de grande importância no município”, afirma.
Além do reajuste salarial, outros projetos relevantes foram debatidos, como o veto do prefeito Tião Bocalom à lei que proíbe a nomeação de pessoas condenadas por crimes de violência doméstica, familiar ou sexual para cargos públicos. O veto foi mantido, apesar do apelo da vereadora Elzinha Mendonça, autora da proposta.
Também foram aprovados projetos para a reestruturação da RBTrans, a definição dos nomes dos elevados da capital e as diretrizes para a Lei Orçamentária de 2025. A próxima sessão extraordinária, marcada para o dia 23 de dezembro, deverá encerrar o calendário legislativo deste mandato.
“O ano foi muito produtivo. Voltamos todos os projetos que estavam na Casa, e vamos finalizar com a discussão da LOA. O plano diretor ficará para a próxima legislatura devido aos trâmites legais”, pontua Antônio Morais.
Com o reajuste salarial, a gestão pública de Rio Branco segue dividindo opiniões. Enquanto defensores destacam a necessidade de valorização dos cargos, críticos apontam a medida como inadequada diante das dificuldades enfrentadas pela população.
Matéria produzida pela repórter Wanessa Souza para a TV Gazeta.