A culinária é, certamente, uma ação cultural que nos conecta à crenças, à história e à sociedade em que vivemos. Desde muito tempo já não comemos apenas para saciar um dos nossos instintos mais básicos, a fome. Já na antiguidade os homens se reuniam para buscar prazer na convivência e na degustação de iguarias. A gastronomia pode e deve ser entendida como uma forma de arte, por ter o objetivo de unir e emocionar as pessoas e, ao mesmo tempo, refletir sua cultura.
O desenvolvimento de técnicas, métodos e insumos culinários sempre esteve invariavelmente ligado a alterações climáticas, condições do solo, maior ou menor produtividade obtida nas colheitas, tempo de guerra, de invasões territoriais ou de paz. O termo “terroir”, original do mundo dos vinhos, ajuda a resumir e explicar esse conjunto de características locais, que possibilita determinada variedade de alimentos em cada cultura. O que, por consequência. Interfere na vida das pessoas. Terroir representa a valorização de produtos de uma região, delimitada por semelhanças tanto geográfica quanto comportamentais e culturais.
Entretanto, o aumento do intercambio de hábitos alimentares tornou as cozinhas de vários países cada vez mais parecidas, em especial nos grandes centros demográficos. Porque não há dúvida, a tão falada globalização chegou até mesmo na cozinha.
Na cozinha internacional, grandes chefs usam seus conhecimentos gastronômicos e sua criatividade para adaptar pratos de diferentes regiões, de modo a criar receitas originais usando o que o local lhes oferece. É uma cozinha voltada muito mais para a inovação, mas que não se afasta dos aspectos regionais.
O finger food se encaixa muito bem nesse conceito de cozinha internacional, pois a ideia central de apresentar pequenas porções de clássicas preparações é o que atrai a atenção das pessoas. O finger food é uma cozinha de técnicas, realçando até mesmo um coquetel, desde que seja seguido à risca, claro, a única regra é inviolável da criação de cardápios: a harmonia. O finger food, a pequena quantidade das porções deve surpreender os sentidos, o que exige que cada experiência do comensal seja única e notável.
Conta uma lenda urbana que o finger food tornou-se conhecido quando a atriz inglesa Joan Collins começou a exigir aperitivos pequenos para comer com a ponta dos dedos, porque não queria borrar o batom. A história pitoresca a parte, finger food é a alta gastronomia em mini porções, perfeitamente adaptada aos nossos tempos velozes, que exigem, seja numa festa intima ou numa recepção de maior porte, o charme de servir com simplificação e toques personalistas. E justamente por combinar praticidade com estilo, está é uma forte tendência em vários países.
E aí, gostou de saber sobre o finger food? Que tal uma receitinha para compartilhar com os amigos? Se liga na dica:
Mini Hambúrguer crocante com cheddar e gergelim
Ingredientes:
- 200g de patinho moído
- 1 unidade de linguiça toscana
- 1 cebola picada
- ¼ de salsa
- ¼ de maço de cebolinha
- 100 g de cheddar fatiado
- Gergelim branco (uma pitada por hambúrguer)
- 6 unidades de tomate cereja
- 3 folhas de alface crespa
- Pimenta caiena e pimenta do reino
- 2 colheres de sopa de manteiga
- Sal
Modo de preparo
- Misture à carne moída o recheio da linguiça, a cebola picada e as ervas
- Tempere a massa com pimenta caiena, pimenta do reino e sal
- Forme os discos de carne e reserve-os resfriados em um tabuleiro untado de azeite
- Grelhe cada hambúrguer e reserve
- Para montar os sanduíches, coloque as fatias de queijo, fatia de tomate, o disco de carne e, por fim, a alface em tiras bem finas.
- Pronto, agora é só saborear.
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