Foram devastados 264 Km² em 2015
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Acre reduziu em 15% o desmatamento entre os anos de 2014 e 2015. Mesmo comemorando o resultado, o governo se preocupa com o índice desde ano, já que a estiagem severa agrava ainda mais a devastação.
Em avaliação recente realizada pelo INPE, órgão que pertence ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) nos estados da Amazônia Legal, o Acre reduziu 15% do desmatamento. Ou seja, de 309 Km² de floresta devastada em 2014, o Estado reduziu para 264 Km² em 2015.
A leitura dos satélites apontou que Roraima foi o estado que menos desmatou, com taxa de -29%, em segundo ficaram os estados do Amapá e Maranhão com redução de -19%.
Segundo dados da Secretaria de Meio Ambiente do Acre (SEMA), nos últimos dez anos, a redução foi de 64% nas taxas de desmatamento. “Isso mostra que a nossa política pra valorização da floresta com manejo do açaí, seringueira, castanha e madeira e aproveitamento das áreas abertas com criação de pequenos animais, florestas plantadas, a piscicultura e incentivando os produtores a não desmatar, vem dando certo”, comentou o secretário de meio ambiente, Edegard de Deus.
O balaço feito pelo INPE corresponde ao ano de 2015, mas ao que tudo indica a próxima revisão a ser feita pelo instituto será menos animadora.
O governo não esconde a preocupação com os resultados que estão por vir. O ano de 2016 registra uma das piores secas e atingiu patamares históricos em relação ao nível do rio Acre e ao número de focos de queimadas. Não é preciso ser especialista pra saber que a estiagem agrava ainda mais a devastação.
O secretário defende que a leitura de satélites feita pelo INPE, afaste as áreas de floresta afetadas pelos incêndios. Para ele, os incêndios que foram provocados acidentalmente, ou seja, que iniciaram em uma propriedade e se propagaram sem intenção para as matas não devem ser contabilizadas.
O desafio segundo o secretário de meio ambiente ainda é oferecer alternativas aos pequenos produtores. Entre elas está a mecanização agrícola e a disseminação do roçado sustentável para que seja excluído o uso do fogo.