Reunião serviria para tratar de problemas de sem-terra de Acrelândia
O cancelamento da audiência pública que deveria ter sido realizada na manhã desta segunda-feira, pela Comissão de Legislação Agrária da Assembleia Legislativa do Acre, onde trataria sobre as famílias acampadas na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Acre, gerou grande desconforto entre a Casa do Povo e a Central Única Dos Trabalhadores.
De acordo com o presidente da Comissão, deputado Moisés Diniz (PCdoB), o motivo do cancelamento teria sido uma ligação da presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rosana Nascimento, orientando que os trabalhadores não participassem da audiência, alegando que a presença dos “posseiros” no evento poderia prejudicar ainda mais a situação deles.
“Recebi uma ligação de uma líder das famílias, que me informou que elas não irão comparecer a reunião, devido uma ligação que receberam da presidente da CUT orientando-as dessa forma. Caso comparecessem a reunião poderiam ser prejudicadas”.
O parlamentar disse estar surpreso com a ação da líder sindical e afirmou não entender o motivo que levou a presidente da CUT a orientar os trabalhadores a não comparecerem a audiência pública.
“Objetivo da reunião seria viabilizar uma forma de solucionar o problemas daquelas famílias. Essas famílias foram expulsas das terras há cerca de cinco meses e nenhuma solução foi dada”.
Das 144 famílias que moravam na invasão Porto Luiz, localizada às margens da BR-364, KM 100, no município de Acrelândia, 20 famílias continuam acampadas na sede O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).