David Yona é sabatista e veio de Vila Extrema
David Yona Magalhães (pronuncia-se Yôna) desceu de um ônibus coletivo com duas mochilas, a esposa e o filho de pouco mais de um ano. Saiu cedo de casa, localizada na área rural da Vila Extrema. Chegou faltando pouco mais de dez minutos para o fechamento do portão da faculdade Faao, em Rio Branco.
Na entrada, encontrou dificuldade porque foi informado de que a esposa e o filho teriam que ficar fora do prédio, em um sol e um calor desconcertante. “Só vou fazer a prova às cinco horas”, explicou. Diferente da maioria dos mais de 65 mil inscritos do Acre, Magalhães é adventista e teve a rotina de cultos modificada pela prova.
Isleudo da Costa já tem muitos cabelos brancos, embalados por muitos festivais de rock que organizou no Acre. Figura conhecida da cena cultural da região, quer voltar a fazer Filosofia na Universidade Federal do Acre. “Nunca é tarde demais para voltar”, afirmou ao entrar com a tradicional camiseta preta.
No fechamento do portão, os dramas de sempre: candidatos que não chegaram em tempo pelos motivos mais variados. O portão fechou nas costas do operador de máquinas pesadas, Antônio Lisboa.
Mas, ao apresentar o cartão de identificação ao fiscal de corredor, percebeu que tinha entrado na escola errada. “No meu e-mail, informaram que faria a prova aqui, mas no meu cartão estava indicando que eu faria na Uninorte e não percebi isso”, justifica. “Farei quando puder novamente”.