Entre um cardápio e um vinho há mais implicações do que conhecimento geral pode supor. Antigamente era quase uma rotina unir o vinho ao prato de determinada região. Considerar a simples relação de proximidade geográfica era a atitude mais certa para garantir o sucesso à mesa. Com o tempo, essa história foi mudando de rumo. E, quando a intenção era escolher um vinho para servir com determinada iguaria o seguinte critério passou a ser predominante: vinho branco com carnes brancas, vinho tinto com carnes vermelhas. Em seguida, com a ação inevitável do tempo, os conceitos envolvidos nessa combinação avançaram os mercados para o vinho expandir fronteiras, os paladares ficaram bem mais modernos ou até mesmo mais democráticos, e definitivamente não é uma coincidência ou uma simples combinação de cores que, hoje em dia, pode explicar ou definir a união entre vinhos e cardápios.
Nos tempos que correm, esse casamento é tratado tal qual uma ciência e resume-se num termo sonoro que se chama Enogastronomia. A palavra imponente, de sonoridade simpática, ainda não está nos principais dicionários de língua portuguesa, mas circula com frequência cada vez maior, tanto entre “expert”, Chefs e sommeliers quanto entre leigos.
Prova da atualidade do termo é, por exemplo, o numero de vezes que ele aparece numa consulta rápida aos principais sites de busca da internet. Em alguns segundos, centenas de referência ligadas ao conceito de “enogastronomia” surgem na tela do computador. Sites de culinária e alta gastronomia e muito outros que têm o vinho como tema central, livros, especialistas das mais diversas nacionalidades tratam o termo em detalhes, na tentativa de aplicar-lhe uma definição ou esmiuçar sua prática.
Essa tarefa não é assim tão simples quanto parece e começou a ser academicamente exercitada há pouco mais de 20 anos pelo enólogo italiano Giancarlo Bossi. Fundador da ASI – assosiation de la Sommellerie Internationale, considerando uma autoridade de vinhos, ele formalizou o conceito de enogastronomia, fazendo-o inovador e revolucionário. O vinho vem se tornando presente cada vez mais no dia a dia das pessoas, além de fazer bem a saúde, quem não gosta de tomar uma taça ao final da noite para desacelerar da rotina do dia a dia, não é mesmo?!
A dica para o feriadão é um bom vinho tinto seco Burmester D.O.C 2019 para harmonizar com alcatra à moda da terceira, T-bone steak com batatas rusticas, talharim calabrês, torta grega de cordeiro, estrogonofe de carne de soja, queijos duros.
Uma ótima opção de espumante é a Espumante casa Perini Moscatel com traços olfativos de pêssego, floral e lichia com traços gustativos leve, doce e de boa acidez, harmoniza perfeitamente com panetone, frutas secas, mousse de limão, mousse de maracujá, vegetais caramelados, lombo suíno com geleia de laranja.