O nível do Rio Acre em Rio Branco alcançou 3,43m nesta quarta-feira (30), um aumento de 65 centímetros nas últimas 24 horas. No entanto, a Defesa Civil prevê que esse nível deve voltar a baixar nos próximos dias, devido à ausência de chuvas na região.
Segundo o coordenador municipal da Defesa Civil, Coronel Falcão, a elevação das águas é um reflexo das chuvas intensas nas cabeceiras do rio, especialmente na região de Capixaba. “Esse aumento já era uma previsão nossa, pois em Capixaba o rio subiu mais de um metro nas últimas 72 horas”, explicou Falcão. “No entanto, com a previsão de tempo seco, esperamos que o nível em Rio Branco diminua novamente, podendo ficar abaixo dos 3 metros.”
Além do aumento no nível do rio, Falcão destaca que a região enfrenta temperaturas 4°C acima do esperado para esta época do ano. Esse fator contribui para a intensificação dos fenômenos climáticos, que têm se tornado cada vez mais frequentes e severos. “Desde 2021, temos enfrentado eventos extremos tanto de seca quanto de inundações. A situação atual exige que estejamos preparados”, comentou o coordenador.
A Defesa Civil está atenta às mudanças climáticas, com expectativas de que o início do mês de novembro traga chuvas mais frequentes, elevando o nível do rio novamente. O monitoramento diário da bacia do Rio Acre é uma prioridade, e um plano de contingência está em vigor para responder rapidamente a possíveis emergências.
Necessidade de investimentos em prevenção
Com a recorrência de secas e cheias, Coronel Falcão ressalta a importância de investimentos mais significativos na preparação e infraestrutura para o enfrentamento de desastres naturais. “Há necessidade de investimento preventivo. Quando nos antecipamos, economizamos muito em recuperação após um desastre”, pontua o coordenador.
O Coronel defende uma abordagem de prevenção e apela para a ação de todos os níveis de governo, afirmando que “os gestores públicos precisam se atentar para essas questões, já que o custo de uma resposta preventiva é inferior ao da recuperação pós-evento. Nossa prioridade é garantir que a Defesa Civil tenha os recursos necessários para proteger a população com a máxima antecipação possível”, concluiu.