Mesmo com constantes campanhas educativas, o número de trotes ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) segue preocupante em Rio Branco. No último sábado, somente em um intervalo de duas horas, foram registradas 13 ligações falsas ao serviço, causando mais uma vez sobrecarga nas centrais de regulação e risco de atraso em atendimentos reais.
A informação foi confirmada por profissionais do Samu durante participação ao vivo no programa Gazeta Alerta. Segundo o radiooperador Lucas, que atua diretamente no setor de atendimento, a prática é antiga e grave.
“Esse é um problema que vem acontecendo há muito tempo. O trote prejudica o atendimento à população que realmente está precisando do Samu, que é um serviço de urgência para pessoas graves, vítimas de acidente, parada cardiorrespiratória, ferimento por arma de fogo, entre outros casos”, afirmou.
Além de comprometer o tempo de resposta, os trotes também expõem equipes a riscos desnecessários. As ocorrências acionam desde ambulâncias básicas até unidades de suporte avançado e motocicletas que auxiliam na abertura de caminho e atendimento rápido.
Como funciona o atendimento
Lucas explicou que toda chamada passa pelo setor de triagem, onde são coletadas informações como endereço, referência e tipo de ocorrência. O médico regulador avalia a prioridade e a equipe despacha os recursos adequados. O Samu atende Rio Branco e também municípios como Brasileia e Manoel Urbano.
Trotes também são crime
O servidor fez um apelo claro à população, especialmente pais e responsáveis:
“Converse com seus filhos, seus familiares. Trote é crime. Você pode estar atrapalhando o serviço do SAMU, da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e de outras instituições. Que 2026 seja um ano de mais consciência e menos trote, para salvarmos mais vidas.”
Ele reforçou que o Samu deve ser acionado apenas em situação real de urgência, quando o atendimento médico imediato pode fazer a diferença entre a vida e a morte.
A orientação final das equipes é simples: respeito, empatia e responsabilidade. Cada ligação falsa pode impedir que alguém receba socorro a tempo.
Com informações de João Cardoso, para a TV Gazeta.



