Alguns temem desgastes junto à população
A Mesa Diretora da Câmara de Rio Branco e até vereadores com medo da reação da população descartam que vão reajustar os salários. A Constituição proíbe que os vereadores reajustem os próprios salários, mas eles podem fazê-lo de uma legislatura para outra, no último ano do mandato.
Funcionaria assim: os vereadores de hoje votariam o reajuste para os parlamentares que vão assumir no ano que vem. Em alguns estados, as Câmaras já começaram a aumentar os salários.
Isso tem gerado descontentamento da população. O presidente da Mesa Diretora de Rio Branco, Artêmio Costa, disse que o reajuste ainda não foi discutido, mas possivelmente os vereadores vão manter os salários atuais.
“Não dá nessa atual conjuntura falar em reajuste do subsídio, quando a população está passando por uma grave crise econômica”, relatou.
O vereador de Rio Branco recebe R$ 12 mil de salário e mais R$ 17 mil como verba de gabinete, e ainda pode gastar outros R$ 12 mil com locação de: carros, imóveis e com combustível.
Muitos parlamentares reclamam que o valor do subsídio é pequeno. “Com crise econômica e política por que passa o país, vai ser difícil reajustar salário, principalmente em ano de reeleição”, disse Rabelo Góes, que diz ser contra qualquer reajuste. “Não dá para olhar pessoas perdendo o emprego e os vereadores buscando vantagens”, disse.
Mas, de qualquer maneira, é bom esperar. Os vereadores têm até o final do ano para aprovar o reajuste dos próximos parlamentares. Se a maioria se reeleger, não terá problema de ficar mal com a população, afinal já conquistaram as vagas.