Em 2013, ano em que uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que os cartórios realizassem a união civil entre pessoas do mesmo sexo, o país registrou 3.701 casamentos do tipo, apenas 0,35% do total das uniões civis em todo país.
Deles, 52% foram entre mulheres e 48% entre homens. Os dados são das Estatísticas de Registro Civil 2013, divulgadas nesta terça-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pela primeira vez o estudo analisou os números de casamentos gays no Brasil. Em 14 de maio de 2013, a resolução nº 175 do CNJ obrigou os cartórios a realizarem casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e também a converterem a união estável de gays e lésbicas em casamento.
Antes, os cartórios poderiam se negar a fazer o casamento. Com os menores números de casamentos entre pessoas do mesmo sexo está a região norte, os sete estados da região somaram apenas 56 uniões nesse seguimento. Dentro da região norte o pior indicativo foi o do Acre, o estado realizou apenas 1 casamento homo afetivo durante todo o ano de 2013, seguido de Roraima com 2 uniões civis.
Ainda de acordo com o levantamento, a maioria dos casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo foram realizados no Sudeste (2.408) – sendo 80% da região em São Paulo. O estado é o que tem mais registros de casamentos gays no país (1.945), seguido do Rio de Janeiro (211) e Minas Gerais (209). N
A maioria dos casais homossexuais que oficializaram a união em 2013 era formada por pessoas solteiras – tantos entre homens (82,3%) quanto entre mulheres (75,5%). No casamento entre mulheres, 24,5% tinham pelo menos uma das cônjuges divorciada ou viúva – entre os homens essa proporção foi de 17,4%.