Fieac avalia retração da indústria na participação no PIB
A CNI divulgou dados realistas sobre a participação da indústria no PIB dos estados brasileiros, entre os anos de 2010 e 2013. No balanço, 23 unidades da Federação sofreram retração da indústria na composição do PIB estadual.
No Acre, a retração foi de 3,8 pontos percentuais. O PIB do Acre é calculado em R$ 10,5 bilhões e a participação da indústria corresponde a R$ 1,1 bilhão, ou seja, 10,6% do PIB total.
Para a Federação da indústria do Acre (Fieac), o encolhimento é preocupante. “A gente sabe que a indústria vem sofrendo uma queda por conta da economia e a agora temos esses números, que não tem como negar que é preocupante”, disse a vice-presidente da Federação, Adelaide Fátima Oliveira.
Segundo a Fieac, o setor florestal foi um dos que mais sentiu o impacto da crise econômica, seguido da construção civil. Nesse último segmento, a classe trabalhadora recebeu o reflexo da recessão, devido às demissões em massa.
E não foi por menos, no Acre, a indústria emprega 16.222 trabalhadores e o setor da construção civil corresponde a 58,8% da atividade econômica industrial. “Costumo dizer que a construção é para nós a nave mãe. Quando há demissões e não há contratação de serviços na construção civil todos os segmentos sofrem”, afirmou Fátima.
Ainda de acordo com a CNI, a participação da indústria no PIB do Acre (10,6%) é a segunda menor do Brasil, atrás apenas do Distrito Federal (6,5%).
Para desapontar os investidores, o Acre tem uma das tarifas de energia elétrica mais caras do país, cerca de 5% a mais que a média nacional.
Segundo a vice-presidente da Fieac, políticas públicas como incentivos fiscais são atrativos que podem trazer mais indústrias e alavancar a atividade econômica no estado. “No momento de crise o que a gente tem que fazer é levantar a cabeça, buscar dentro de si ideias e trazer para o mercado como forma de driblar. Isso não é uma questão do Acre é uma questão de Brasil”, disse.