No Juruá, problema se agrava: 9 casos em 2016
Uma equipe do Programa de Vigilância dos Vetores da Doença de Chagas no Acre está em Cruzeiro do Sul para tratar do assunto. O grupo se reuniu com representantes de outras coordenações para debater sobre estratégias no combate a doença.
O Juruá tem a atenção voltada para doença após o registro de 9 casos positivos na região somente este ano, com dois óbitos. Deste 7 casos aconteceram em Rodrigues Alves e 2 em Cruzeiro do Sul.
“O objetivo desse encontro é formar parcerias e dar o devido encaminhamento das ações a serem executadas quanto aos casos de Chagas que aconteceram e que possam acontecer,” disse a coordenadora Programa de Vigilância dos Vetores da Doença de Chagas no Acre, Carmelinda Gonçalves.
Uma das medidas para evitar mais casos como os já registrados é a capacitação de uma equipe de saúde do município para identificar a doença nos exames laboratoriais e reconhecer através das fezes do barbeiro se o mosquito está ou não infectado.
Um panfleto informado à maneira adequada de higienização de frutos (açaí, buriti, jatobá) para produção de vinho deve ser entregue para os produtores da região, além do cadastro e fiscalização desses produtores.
“Dentro desses cadastros há produtor que entrega polpa de açaí, buriti para as escolas. Então, esse produtor que tem cadastro com a gente será incentivado a fazer uma produção mais limpa, mais adequada”, ponderou o coordenador do Programa de Aquisição de Alimentos da Seaprof, Adolfo de Araújo.
Carmelinda explica que o açaí não é o ‘vilão’ nos casos de contaminação da Doença de Chagas, mas sim a falta de higienização no momento da produção do vinho. “O açaí não é o vilão, o vilão é a falta de higienização do fruto. Então vamos ter consciência disso”.