Dados do Atlas da Violência 2024, divulgados na última semana pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), mostram que o número de homicídios de bebês e crianças de 0 a 4 anos dobrou nos últimos 10 anos no Acre. Em anos anteriores, apenas uma morte violenta dessa faixa etária era registrada.
“Toda vez que nós temos uma informação que ela se destaca e sai da curva, como essa, nós direcionamos as ações da segurança pública para esse evento, a exemplo da faixa etária que teve aumento. Embora que no geral desse intervalo houve redução de 56%, mas em algumas delas houve o acréscimo”, conta o coronel Cleudo Maciel, diretor operacional da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp).
Entre os anos de 2012 e 2022, 14 mortes violentas desse público foram catalogadas no Estado. Ainda de acordo com o Atlas da Violência, esses números representam cerca de duas mortes de crianças com idade entre 0 e 4 anos a cada 12 meses.
“Nós estamos fazendo o acompanhamento do fenômeno. Nós temos um intervalo de tempo e uma faixa etária de idade que está contemplando essa elevação dos índices. Com base nessas informações, nós fazemos uma análise, estudamos os fenômenos que podem ter levado ao aumento desses dados e, assim, direcionar as ações”, afirma Maciel.
Os dados mostram uma taxa de 2,4 mortes a cada 100 mil habitantes no Acre. O que preocupa é que o número é maior do que a média de homicídios de bebês em todo o país. Segundo o diretor de operações, a Sejusp realiza ações para a diminuição desses números.
“Nós temos algumas ações específicas. Dentro da estrutura da Secretaria de Segurança nós temos o Acre pela vida, possuímos ações que envolvem a Polícia Militar, como a exemplo o Proerd. Com essas estratégias que se somam às ações de policiamento ostensivo é que nós direcionamos para reduzir os índices que estão elevados”, destaca Cleud Maciel.
Matéria produzida em vídeo pelo repórter Luan Rodrigo para a TV Gazeta