Uma manifestação pacífica reuniu policiais civis no hall de entrada da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), nesta quinta-feira (29), em busca de uma maior valorização e a continuidade das negociações com o governo do Estado.
O ato público realizado pela categoria visa reivindicar a atenção necessária para questões como a recomposição inflacionária dos salários, valorização da produtividade, melhores condições de trabalho e equidade nas gratificações.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Acre (Sinpol), Rafael Diniz, as demandas da categoria estão sendo apresentadas desde 2019, porém, não houve respostas práticas por parte do governo. A necessidade de manter a valorização da categoria, bem como a resolução de questões administrativas e estruturais, tem sido o foco das reivindicações dos policiais civis.
“Nós temos dois eixos, a questão da valorização salarial, que é parte do governo, na verdade não é um pedido de aumento salarial, que fique bem claro, a gente sempre fala isso, é recomposição inflacionária. A inflação vem corroendo o poder de compra dos policiais civis desde 2019, não tem essa recomposição. Outras pautas também, como a valorização de produtividade, então são pautas específicas do governador. Pautas administrativas e questão das estruturas básicas de trabalho”, explica o presidente do sindicato.
Durante uma sessão na Aleac, os policiais civis ocuparam a galeria em busca de apoio dos parlamentares. O deputado Emerson Jarude, do Partido Novo, destacou a importância da valorização da Polícia Civil (PCAC) e criticou a priorização de gastos com cargos comissionados em detrimento das necessidades básicas da instituição.
“O que a gente percebe é que a opção do governo do stado do Acre tem sido em aumentar cargos comissionados, criar secretarias para distribuir entre os políticos, enquanto isso questões básicas dentro da Polícia Civil e do Iapen não são resolvidas. Então, mais uma vez, nós subimos na tribuna para mostrar os gastos com cargos comissionados e o gasto com a PCAC. Então, hoje se gasta dez vezes mais com cargos comissionados do que com a polícia, que é uma instituição tão importante para a nossa sociedade”, comenta o deputado.
Além das reivindicações dos policiais civis, outro tema relacionado à segurança pública foi abordado na sessão. O deputado Arlenilson Cunha, do PL, apresentou um anteprojeto de lei que visa desonerar o banco de horas para todas as categorias de policiais, incluindo policiais penais. A proposta busca isentar o imposto de renda sobre as horas complementares, visando garantir uma remuneração mais justa aos servidores da segurança pública.
O deputado Cunha ressaltou a importância da proposta para os policiais, com destaque para à necessidade de reconhecimento e valorização da segurança pública como um todo. Os policiais presentes na sessão demonstraram apoio à iniciativa e reforçaram a importância de serem ouvidos e atendidos pelo governo e pelos parlamentares em relação às questões fundamentais para a categoria.
“Estamos aqui hoje para acompanhar o anteprojeto a respeito do BH, porque hoje um banco de hora de 250 reais líquido fica para o servidor só 188. Então, não diferente das demais forças, estamos aqui com o pires na mão, avocando o seu governador e os deputados que ouçam e vejam a nossa segurança pública como um todo, seja Polícia Penal, seja Polícia Civil e os demais”, conclui o deputado.
Matéria produzida em vídeo pela repórter Débora Ribeiro para a TV Gazeta